“Ignóbil Avaliação de Professores”
Chega! Basta!
Sinto-me violentada.
Sinto-me ultrajada.
Para quê tanto brio?
Para quê tanto esforço?
Para quê tanta entrega?
Que verdade é esta que nos impõem,
que carrega tamanha injustiça,
tamanha opacidade e tamanha
alienação?
Que sentido é este que nos impõem?
Estaremos nós assim tão absortos e
adormecidos
no nosso dia-a-dia torpe,
repetitivo e alienado,
que nos faz perder o
discernimento, o sentido de justiça?
Chega! Basta!
Fazem de nós marionetas,
demasiado bem articuladas,
decerto, mas simples
marionetas,
que obedecem piamente ao movimento
sincopado
de quem as manobra, de quem faz
delas o que quer!
Chega! Basta!
Onde estão os princípios?
Onde está a coerência?
Onde está a justiça?
Não sei!
Mas sei onde está a raiva,
onde está o desalento.
onde está a frustração.
Ser Professor já não é partilha!
Ser Professor já não é
companheirismo!
Ser Professor já não é Ser Humano!
Ser Professor, hoje, é ser
aquilo que não quero ser,
que nunca fui e
que nunca sonhei ser.
Manuela Galante
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